09 janeiro, 2013

Para a minha primeira melhor amiga e o seu primeiro bebê


*Ideias para a minha amiga, Mel, que será mamãe em poucos dias!
** Obs: minha amiga, não da Rafa. Kkk!

Os bebês não são exatamente o que parecem. Eles, na verdade (shhh é segredo), constituem um tipo de vida adulta, mas que não é adulta assim, do jeito que a gente conhece. Prestenção: isso é um fenômeno humano que coloca de cabeça pra baixo a vida de mães por todo o mundo, desde as Ilhas Caribenhas até o Paquistão. É registrado que apenas elas, as mães, alcançam essa “tal revelação”.

(Sério! O Datafolha comprovou!)

Eis aquilo sobre o que falo: bebês são criaturas completas em si mesmas, que sabem o que os adultos nunca saberão. É tipo assim: eles entendem o motivo de algumas pessoas gostarem de amendoim e outras não. Os bebês sabem por que são bebês. Sabem o sentido de existir, enquanto a gente procura o sentido de ser qualquer coisa, menos o que somos.

Bebês pensam. Bebês ensinam. Bebês dizem a você o que fazer. Bebês são professores. Bebês comandam o universo. Por causa deles, mães entendem algoritmos complexos, pais viram cientistas ao trocar fraldas em intervalos de reuniões, avós criam legumes transgênicos nos quintais para a papinha e tios compram camisetas de times (Sorry, Dani. Não achei uma função maluca pra você! kkk!)

As noites, isso fica bem claro, são reservadas para voltar a viver, não para dormir. Depois de tanto tempo sendo adulta, mulheres adultas viram mães: é aí que voltam a viver. Enquanto todo mundo dorme, papais não sentem sono ou mentem pra si mesmos sobre sua força hulkeana, quando, definhando à procura da cama pela casa - sim, perdem noções temporais, geográficas, históricas e até mesmo culinárias -  dormem no chão do banheiro. E os amigos compreendem o que é um chá de fraldas, cujo último interesse são as fraldas.

Bebês são mães das mamães. São eles que desvendam o porquê de o amor ser mais do que amor ao perceber que a pequena criatura faz parte da equação X+F²:{4}.99=X-47 raiz quadrada de 33 (a descoberta sobre como criar um bebê, em uma equação). É quase impossível acreditar em bebês. Acho que eles nem são reais.  Eu apostaria os sapatinhos de lã – guardados de recordação do dia em que cheguei da maternidade – que os bebês nem existem.

Mas as mães existem para ter bebês. Apenas para ter bebês. Não há mães sem bebês - e é aí que eu descobri que os bebês existem. Esses pequenos são o que – apenas eles mesmos – entendem ser, porque você, mamãe... É incapaz de completar qualquer pensamento sobre o que sente ao entender que a vida existe. Porque a linguagem vai trair o seu coração. Ela será indignamente insuficiente pra falar qualquer coisa – qualquer coisa – que é vivida quando os seus olhos encontram o seu bebê pela primeira vez.

E pra sempre será assim.

Seja mamãe, Mel! Felicidades, minha amiga. Pra sempre.

Orgulho de quem você é.

Bjo, 
Li